A acrania é uma anomalia congênita rara do desenvolvimento fetal, caracterizada pela ausência total ou parcial do crânio. Essa condição resulta na exposição direta do tecido cerebral, que permanece desprotegido. A acrania está intimamente relacionada à anencefalia, uma malformação grave em que o cérebro não se desenvolve corretamente. Essas duas condições podem estar presentes simultaneamente ou ocorrer separadamente.
Prevalência: A acrania é uma anomalia extremamente rara, com uma incidência presumida de 1 a 2 casos para cada 10.000 nascimentos.
Diagnóstico Ultrassonográfico: O diagnóstico de acrania pode ser realizado por meio de exames de ultrassom realizados durante o período gestacional. Sempre, a acrania é identificada entre as 12 e 14 semanas de gestação, quando é possível observar a ausência total ou parcial do crânio fetal.
Anormalidades associadas: A acrania pode estar associada a outras malformações congênitas do sistema nervoso central, como a anencefalia. Além disso, podem ser observados defeitos no desenvolvimento da coluna vertebral e do sistema cardiovascular.
Investigação: Após o diagnóstico de acrania, é importante realizar uma investigação adicional para avaliar a presença de outras anomalias anormais. Isso pode envolver exames de imagem, como a ultrassonografia detalhada e a ressonância magnética fetal.
Seguimento: Após o diagnóstico, é essencial encaminhar a gestante para acompanhamento especializado em medicina fetal. Durante o seguimento, serão realizadas estimativas periódicas do desenvolvimento fetal e investigação de possíveis complicações ou anomalias adicionais.
Terapia fetal (se disponível): No caso da acrania, não existe uma terapia fetal disponível que possa reverter a anomalia ou promover o desenvolvimento normal do crânio fetal. O tratamento é voltado principalmente para o suporte emocional e aconselhamento dos pais.
Parto: Em geral, o parto vaginal é recomendado para casos de acrania, desde que não haja complicações adicionais que indiquem a necessidade de uma via de parto alternativa, como a cesariana. A decisão sobre o tipo de parto deve ser individualizada, levando em consideração a condição da gestante e a orientação da equipe médica.
Prognóstico: O prognóstico da acrania é extremamente desfavorável, uma vez que a ausência do crânio fetal resulta em malformações graves do sistema nervoso central. Geralmente, os fetos sobrevivem não sobreviveram até o termo da gestação e podem nascer sem vida ou viver apenas por um curto período após o nascimento.
Recorrência: A acrania é uma condição geralmente esporádica e não apresenta uma alta recorrência em gestações subsequentes. No entanto, em alguns casos, pode haver um componente genético ou uma predisposição familiar, sendo recomendado o aconselhamento genético para casais que tenham histórico de acrania na família.
É importante ressaltar que o tratamento e o prognóstico da acrania podem variar dependendo de cada caso específico, e as informações fornecidas aqui são de natureza geral. O acompanhamento médico especializado é fundamental para orientar os pais e fornecer o suporte necessário durante todo o processo